domingo, 11 de julho de 2010

Felizes para sempre

"O amor é um campo de batalha.Os homens são como uns cachorros.O relacionamento entre homens e mulheres é uma selva".Esses conceitos tão disseminados colocam homens e mulheres uns contra os outros,apresentando o namoro como uma guerra e a estrada para o amor como uma trilha perigosa,cheia de minas terrestres e areia movediça.Uma hora que se passe dentro de uma livraria,na seção destinada a obras acerca de relacionamentos e assuntos afins,é o bastante para convencer qualquer mulher solteira de que está destinada a ficar sozinha para todo o sempre,a menos que possa formular uma estratégia perfeita para "agarrar" um homem,sendo coquete como uma beldade aristocrática e seguindo um plano de batalha arquitetado por um general,sob a liderança de um exército de psicólogos treinados em manipular pessoas.
Essa "receita popular" dá a entender que a guerra emocional é o caminho de uma união pacifica,que o único modo de uma mulher "agarrar" um homem é fazê-lo temer que não poderá conquistá-lo.Pela estratégia atual,o QUE você faz é mais importante do que com QUEM você está-o indivíduo não importa,o homem errado pode ser transformado no certo se você usar corretamente o cinzel.
Só há um problema com essa tática para se apaixonar : NÃO FUNCIONA.
Não existe uma estratégia para encontrar e conservar um homem.Cada pessoa é diferente.Cada relacionamento evolui de acordo com suas regras próprias.As histórias e os problemas emocionais das pessoas variam.Sorte e oportunidade sempre entram em cena.O DESTINO se revela INESPERADAMENTE.O namoro é por demais imprevisível para ser controlado por um grande plano.
O que,no fundo,é muitíssimo parecido com o mundo dos contos de fadas.Essas histórias encantadas datam de tempos pré-científicos,quando a vida diária parecia por demais enigmática e em constante mudança.As heroínas estão sempre trancadas em torres ou são expulsas de casa e obrigadas a fazer escolhas difíceis,baseadas em condições arbitrárias,tendo de confiar em pessoas que se transformam em animais e vice-versa.
Contrariamente à crença popular,as heroínas dos contos de fadas não são fracas ou passivas.Em sua maior parte,são nobres,corajosas e otimistas.Você nunca encontrará uma dessas heroínas perambulando deprimida dentro de casa,amaldiçoando o destino por ter feito dela uma órfã criada por uma madrasta frívola e ciumenta.As heroínas não perdem tempo pensando obsessivamente se foram ou não amáveis demais com o belo príncipe.Sabem que seus atos não podem determinar o comportamento dos outros.Não tentam manipular pessoas ou fatos.Em vez disso,concentram-se no que são capazes de controlar:SEU PRÓPRIO CARÁTER.Encontraram a fórmula do sucesso em um mundo caótico:o apego àquilo em que acreditam,seja o que for que o destino coloque em seu caminho.No final das contas,é sua base MORAL FORTE e resoluta-seu CARÁTER-que as salva,e não o príncipe montado num cavalo branco.
De qualquer modo,não se deixe convencer de que os príncipes encantados não existem mais.Como recém-chegada mais uma vez à cena dos solteiros,fiquei assombrada ao descobrir como os homens podem parecer príncipes.Muitos mostram uma galanteria que os livros que falam de estratégias de conquista não reconhecem.É possivel encontrar cavalheirismo por aí quando se tem a AUTOCONFIANÇA necessária para aceitá-lo e a força para saber que o fato de sermos tratadas como princesas não nos transforma em escravas.
Adotando o estilo de namoro proposto pelos contos de fadas-ou seja,consevando seus valores morais e enfrentando os caprichos da construção de um relacionamento com otimismo resoluto-,você terá feito muito no sentido de assegurar que a estrada até o castelo seja plana e sem obstáculos e que,quando o príncipe encantado aparecer,você saberá reconhecê-lo."

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